A falta de amigos reais pode virar doença.
No mundo digital nós fazemos basicamente tudo, preenchemos formulários, pagamos contas, fazemos matrícula na faculdade, estudamos, encontramos, conhecemos e conversamos com pessoas…
E amigos?
A relações também são digitais! Essa regra tem valido tanto para os novos como para os velhos amigos e se você estiver satisfeito e feliz assim:
Parabéns, você esta vivendo no momento certa!
Infelizmente, isso não acontece com todos, eu, por exemplo, sinto falta de um abraço, de uma boa conversa ao vivo e cores, de sair para dançar, enfim coisas de amizade à moda antiga. Agenda cheia, horários diferentes, falta de grana, preguiça… Estes são alguns motivos com que as amizades sejam virtuais e menos reais. Além disso, quando participamos de chats, e bate-papos da Internet grande parte das pessoas, estão em busca de relações conjugais e ou sexuais, de antemão digo, “NÃO TENHO NADA CONTRA ESTE TIPO DE CONDUTA”, porém, é válido enfatizar que a maior parte das relações conjugais que vejo ou a maior parte das que dão certo, advém de uma amizade, na qual são descobertas ou criadas afinidades que fazem as relações, não só possíveis, como prazerosas. Logo isso me faz presumir, que há algo de errado ou de inadaptado no uso das novas tecnologias para construir quaisquer tipos de relacionamentos.
Sempre tive grande divergência com o pensamento de que somos seres sozinhos, o que creio é que assim como a maior parte das condutas e decisões da nossa vida, a solidão também é uma questão de escolha. Contudo, depois de muita reflexão sobre a minha própria teoria, conclui que não essa escolha não pode ser só minha, tem que partir da sociedade ou no mínimo das pessoas que se encontram no meu circulo de convivência. Para clarear, partamos do dito popular:
“Quando um não quer, dois não brigam”.
Ou seja:
“Quando um quer, dois também não serão amigos”.
No início do texto citei que a falta de amigos pode virar doença, não é exagero, essa falta de contato interpessoal, de demonstrações físicas de afetos, geram uma sensação de vazio existencial, que pode acarretar entre outras doenças, a nossa velha conhecida: Depressão, Isso não só em seres humanos, como também em animais.
Obviamente cada um de nós de reage de maneira diferente, mental e fisicamente, ao vazio existencial, o que não nos faz melhores nem piores e àqueles não se sentem adaptados, ou que não encontraram uma boa maneira de lidar com o vazio sofrem consideravelmente.
Confesso que tenho sofrido para encarar isso!
Atualmente, eu recebido muitas felicitações, muitos abraços e beijos virtuais por e-mail, no MSN, no Orkut, através Budy Poke, Facebook etc. Pergunto:
Onde está o Amor? Todos estes meios de comunicação foram criados para nos aproximar ou nos afastarmos?
Particularmente, tenho a certeza de que somos ricos de amor e pobres, diria paupérrimos de demonstrações do mesmo, pois o amor também é uma manifestação física, bons exemplo disso, encontramos na Medicina, Psicanálise, Literatura e até na Bíblia. Referente, a Internet e meios de comunicação, ainda penso que são formas de aproximar as pessoas, mas, há a pungente necessidade de alinharmos nossos pensamentos com as nossas ações.
Por outro lado, não vale só expor ou reclamar o do problema. Afinal somos seres inteligentes, bem verdade que usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral, todavia, agora vem a melhor parte, SOMOS SERES CAPAZES DE NOS ADAPTAR, está aí Darwin que nos provou isso a sua Lei de Seleção Natural, então o que proponho é:
Façamos nós a nossa própria seleção!
Os opostos se atraem, os iguais se procuram, mas, só os diferentes se completam, podemos ter pensamentos diferentes e com eles construir a completude, contudo temos que estarmos dispostos e abertos a nos relacionar a criar laços sentimentais e físicos, a fazer mudanças de conduta, pensamentos e considerar novas e velhas opiniões. Vamos tentar juntos?